A HISTÓRIA GERAL DA ENFERMAGEM NO MUNDO

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A ENFERMAGEM E SUA HISTÓRIA NA HUMANIDADE


A humanidade tem visto diferentes formas do cuidar através de sua história, não existia a enfermagem como profissão.


O cuidar nos primórdios egípcios

O cuidar na antiguidade era praticado somente no círculo familiar. Na Grécia e Roma antiga, os deuses eram responsabilizados por influenciar a cura e quem cuidava dos doentes eram as mulheres da nobreza. Esse tipo de trabalho, com o passar dos tempos, foi relegado aos escravos e às mulheres camponesas. Com o advento do cristianismo, as mulheres que cuidavam dos enfermos passam a ter um maior reconhecimento e respeito, dando início à Ordem das Diaconisas. Mesmo assim, em várias partes do mundo, os homens ainda eram considerados mais capacitados para o cuidar.





Na Índia, as mulheres eram consideradas impuras. Somente os homens tinham permissão para realizar massagens nos enfermos, dar banhos e ajudar a caminhar. E na Arábia Saudita eram consideradas incapacitadas para cuidar dos enfermos. Na idade média, com o declínio dos grandes impérios, houve o fortalecimento da religiosidade, a ascensão da igreja católica. Período que ficou marcado por grandes epidemias e pestes que assolavam a sociedade, que era totalmente teológica. A doença era vista e pregada pela igreja como um castigo de Deus, redenção dos pecados ou, no caso dos distúrbios mentais, como uma possessão demoníaca, por isso, os cuidados para com os doentes foi adotado pela igreja como uma prática de caridade. O tratamento do enfermo era pautado em exorcismos, penitências, orações e unções para afastar os maus espíritos, para a purificação da alma e as funções de sacerdotes e médico eram acumuladas pelos clérigos. A igreja considerava as ciências, em especial, a medicina, como blasfêmia perante o evangelho, por isso não havia mais pesquisas científicas. As práticas médicas eram consideradas desnecessárias, as medidas terapêuticas foram substituídas pelo conforto espiritual, portanto, a morte era considerada uma libertação do sofrimento. Ainda no período medieval, as ordens monásticas criaram os primeiros hospitais, que abrigavam e também excluíam os doentes e os pobres. A assistência era destinada ao conforto espiritual e não para a cura. Somente no final da Idade média é que foram criados códigos sanitários visando a melhoria nas condições de higiene das cidades, já que ainda persistia como modelo explicativo das doenças a teoria miasmática, que preconizava a transmissão das mesmas através da inalação do ar corrompido por matérias em decomposição. A visão do cuidar como forma de caridade, de amor ao próximo e de humildade adotada pela igreja é que se fundamenta a história da enfermagem, onde o leigo executava os cuidados dentro desse conceito de altruísmo. O cristianismo proporcionou às mulheres, solteiras e viúvas, a oportunidade de realizar um trabalho de assistência aos pobres e doentes com a criação das ordens cristãs, como as diaconisas e as viúvas. Com o passar do tempo foram surgindo novas associações cristãs. Esse é o elo entre a assistência promovida pelas ordens religiosas e a prática de enfermagem proposta por Florence Nightingale.


      

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